quarta-feira, 23 de julho de 2008

Carta aberta a Dirigentes e Comunicação Social

Caros Dirigentes do Futebol Nacional e Editores da Comunicação Social,

Nos últimos vinte anos têm sido incessantes as polémicas em torno do futebol nacional. Os constantes insultos, insinuações deixadas por meias-palavras, as entrevistas em que de futebol se fala muito pouco, o total desprezo a que são deixados os verdadeiros intérpretes do futebol nacional...

É tempo de dizer “Chega!”.

O último exemplo deu-se na RTP, no programa “Grande Entrevista” com Judite de Sousa a entrevistar Luis Filipe Vieira. Na sequência desta entrevista, de onde nada de concreto se consegue retirar (iniciativas para o futebol – benfiquista ou nacional, medidas de fundo para alterar problemas estruturais do futebol), veio o folclore habitual do dia seguinte. Ameaças de processos-crime por difamação, desmentidos, destaques a quem não tem que estar “debaixo do holofote”.

Quem acredita que os adeptos ainda se interessam por estas “brincadeiras de adultos”? Estas situações não só ajudam a descredibilizar ainda mais o futebol nacional, como afastam os adeptos deste desporto. Quando será que os dirigentes do futebol nacional vão perceber que o seu lugar não é na ribalta e que o seu papel não é fulcral no futebol? Afinal de contas, os dirigentes vão e vêm, os adeptos e os clubes ficam!

Solicitamos assim a todos os editores da comunicação social o seu comedimento na cobertura de entrevistas e acontecimentos que nada trazem de positivo para o futebol nacional, ao mesmo tempo que podiam aproveitar esse espaço para trazer para a ribalta o que pensam os treinadores, jogadores e até mesmo adeptos sobre os mais diversos temas do futebol nacional. E há tanto para se dizer...

Por tudo isto, num país que proclamou em 2004 “We Love Football” bem alto por essa Europa toda, está na hora de o demonstrar...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Nada acaba aqui...

A improvisada apresentação da AAS aos restantes grupo realizou-se, pois, após o almoço e após a reunião com a UEFA. Explicámos os nossos propósitos de grupo, o que pretendemos atingir dos contactos com o clube e com outras entidades e a realidade do nosso país e do nosso clube.
Começámos por sublinhar que éramos do Sporting Clube de Portugal, e não de Lisboa, numa evidente nota de boa disposição.
Frisámos que estávamos todos ali, a transmitir experiências e partilhar estratégias, porque não estávamos preparados, enquanto adeptos, para o que se passa, hoje no futebol. Estivemos, enquanto adeptos, adormecidos durante demasiado tempo e estava na hora de acordarmos e, pelo menos, questionarmos os “dogmas” que nos são apresentados.
Somos o verdadeiro motor do futebol – os jogadores, sem público, não conseguirão manter o nível de vida que hoje detém. É portanto, vital, tomarmos consciência desse “poder” e trabalharmos em conjunto e não isolados dos nossos congéneres.
Deixámos claro que este Congresso não podia ser o fim, mas o inicio de uma árdua batalha pelos nossos direitos e que deveríamos fazê-lo sempre em conjunto.
A AAS sugeriu então, neste contexto, a criação duma estrutura europeia que fizesse a ponte para a UEFA e que actuasse, de alguma forma, como coordenadora de algumas iniciativas/eventos ao nível europeu. Demos o exemplo de ser efectuada uma manifestação pelos adeptos, em todos os estádios da Europa no mesmo fim de semana, com frases do género “Respect the Fans” ou “Respect the Game”, como forma de demonstração de mobilização. Adicionalmente, considerámos que tal estrutura deverá ter um corpo jurídico que forneça, sem custos, aconselhamento jurídico sobre determinadas situações de forma a averiguar até que ponto poderá ser possível, em determinada circunstancia, colocar os dirigentes de um clube em tribunal!

Este foi o final da 1ª fase da nossa estratégia que incluía: constituição legal da AAS e determinação dos seus estatutos, criação do logótipo, evento de kick-off envolvendo a Direcção do clube, participação no Congresso Europeu de Adeptos e reunião com a UEFA.

Concluídos estes primeiros passos, arrancou esta semana a 2ª fase, que se prevê terminar em Março do próximo ano. Nesta 2ª fase, iremos continuar a procurar falar com quem tem poder no futebol, teremos o 1º jantar anual da AAS onde será entregue o prémio da AAS a um sportinguista que se tenha distinguido pelo clube (seja atleta, sócio, colaborador, etc.) e iremos co-organizar um evento ibérico em Lisboa.

A apresentação terminou então com a descrição desta estratégia com algum pormenor bem como estipulando a data de Março de 2009 como a altura de realização de um I Colóquio Ibérico em Lisboa, subordinado a estes temas discutidos no Congresso, onde contamos ter a presença de diversas personalidades políticas e desportivas dos dois lados da fronteira. Esta organização estará a cargo da AAS e da FASF (Federação Espanhola de Adeptos) e já se estão a definir grupos de trabalho dos dois lados para o início desta empreitada.
Não menosprezamos a importância de apoiar outros grupos de diferentes clubes portugueses que estejam interessados em se juntar a esta luta por um ideal – O verdadeiro Futebol, onde somos adeptos e não apenas consumidores.
Desafiamos inclusivamente os adeptos dos dois outros “grandes” do país a colocarem de lado rivalidades e lutarem pelas mesmas questões que nos preocupam a todos.
A surpresa deu, então, lugar a alguns sorrisos e muitos concordaram que esta é, sem dúvida, uma estratégia diferente daquela que costuma ser implementada e que o trabalho em conjunto com Espanha poderá ter os seus frutos dos dois lados da fronteira.

Em jeito de conclusão, ficámos satisfeitos com os trabalhos e com os contactos confirmados e efectuados.
Fica o desafio para todos os sportinguistas. Pegando no exemplo do Hambuger SV, que conta com 50.000 associados e fruto dessa dimensão, têm lugar na estrutura directiva do clube – não com uma pessoa, mas com um departamento e toda a área de adeptos é tratada por eles. Daqui se retira a influência que conseguem exercer junto do clube.

Nós, sportinguistas, também temos de trabalhar em conjunto. Não contra fulano A, B ou C, mas fazendo-nos representar com verdadeiro poder junto do clube. Não para “tomar de assalto” o clube, mas para fazer chegar as nossas mensagens, as nossas ideias.
Enquanto não colocarmos de lado o estigma das “facções” e “oposições”, estaremos sempre sozinhos a falar para um muro.

Na AAS somos do Sporting Clube de Portugal. Nada mais! Mas não nos podemos demitir das nossas responsabilidades enquanto associados do clube!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Reunião entre a AAS e a UEFA

Durante o almoço, dirigentes da Supporters Direct contactaram a AAS no sentido da AAS fazer uma apresentação sobre a situação em Portugal e no Sporting Clube de Portugal. Apesar de algo inesperado, o convite foi aceite e ficou marcada a apresentação logo a seguir à nossa reunião com a UEFA, que teve lugar após o almoço.

A UEFA, representada por Alex Phillips – Head of Professional Football Services, está de facto profundamente preocupada com esta problemática – a crescente insatisfação dos adeptos, algo que este Congresso demonstrou ser generalizado dada a sua afluência massiva.

A AAS apresentou a sua visão sobre o futebol internacional em diversos temas:
- UEFA como entidade reguladora do futebol europeu deve ter poder ao nivel nacional, via Federações, funcionando como uma espécie de UE para o futebol
- Estabelecer tectos máximos para preço de bilhetes e valor de transferências e salários para os clubes tendo em conta um ranking nacional que inclua a ponderação de factores como Salário Minimo Nacional, Orçamento anual do clube, Orçamento Médio dos clubes da I Divisão.
- Redefinição da distribuição de receitas das competições europeias e direitos televisivos de forma a reduzir a distância entre os 8,9 mais ricos e os restantes.
- Apoiar as ligas mais fracas financeiramente.
- Obrigar os clubes a comunicar, via Federação nacional, todas as transferências de jogadores, anexando contractos e declarando quem recebeu comissões. A UEFA receberia estes dados, em relatórios sumários das Federações, como forma de evitar a fraude fiscal e lavagem de dinheiro.
- Introdução de novas tecnologias no futebol – chip a bola, e transmissão dos jogos nos ecrãs dos estádios.
- Determinar minímos de jogadores nacionais e da formação dos clubes nos planteis nacionais – em termos relativos.
- Aumentar o controlo relativo aos jogadores naturalizados a jogar pelas selecções nacionais, evitando a descaracterização destas. Como exemplo, o ultimo Europeu e os jogadores naturalizados nas selecções que aí actuaram.
- Alterar modelo competitivo – Liga dos Campeões deveria ser jogada apenas por campeões e não por clubes que, nalguns casos, não são campeões há vários anos.
- Obrigar a que mais jogos sejam transmitidos em canal aberto
- Proibir a intervenção policial nas bancadas, excepto nos casos em que exista evidente situação de violência.
- Criação de “standing places” com percentagem mínima.
- Determinar um número máximo de dias no qual cada jornada pode ser disputada.



A cada um destes problemas, se denotou evidente preocupação no responsável da UEFA, frisando que nalguns casos, a falta de poder efectivo da UEFA não ajuda à sua resolução. No entanto, concordou que pode fazer pressão e lobby junto das diversas instituições (International Board, FIFA, UE) para desencadear estes processos.
A UEFA irá, então, estudar a documentação recebida, esperando a AAS que tal dê os seus frutos no tempo indicado.
Foi igualmente discutida a situação portuguesa, sobretudo ao nível da corrupção – por ser um tema recorrente hoje em dia, do controlo das TV’s no futebol nacional e o total desrespeito pelos adeptos e apresentada a posição dominante da Olivedesportos no futebol nacional (detentora da publicidade estática, dos direitos televisivos, accionista nos três grandes clubes nacionais, detentora do único canal de TV pay-per-view em Portugal) – como a AAS frisou : “O futebol português é, hoje, “one man show”! “.
Curiosamente, a UEFA demonstrou-se bastante conhecedora desta ultima realidade...



Comité Executivo AAS.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Hamburger SV - O Exemplo Alemão


Terminadas as apresentações, seguiu-se um período aberto aos participantes sendo que o destaque foi a participação de um dirigente da Associação de Adeptos do Hamburger SV.

A Alemanha será, hoje, o pais mais avançado da Europa no que aos adeptos diz respeito. Estes grupos agregam praticamente todos os adeptos do clube e têm, inclusivamente, posição oficial na estrutura dirigente do clube, podendo, portanto, exercer influência sobre algumas das decisões, bem como definir o que pretendem fazer em determinados jogos, tendo total cooperação financeira do clube, sem restrições de qualquer ordem.

Temos ainda um longo caminho a percorrer para conseguirmos chegar a este nível...se ainda for possível...

Amanhã, comentaremos a reunião da AAS com a UEFA,e na sexta feira a apresentação da AAS no Congresso, bem como algumas conclusões finais.

"Clubs Ownership Workshop" - Atlético Madrid




A segunda (e última) apresentação planeada esteve a cargo da Associação de Pequenos Accionistas do Atlético de Madrid, clube detido a 87% pelo filho de Jesus Gil y Gil (Miguel Angel Gil Marin). Este grupo, presidido por Emilio Abejon, tem relações muito próximas com a AAS e optou por não fazer uma análise exaustiva da sua situação particular, focando apenas alguns pormenores interessantes como o facto do referido filho de Jesus Gil ter sido acusado de gestão danosa e desvio de fundos, numa queixa interposta pela Associação de Pequenos Accionistas mas, dada a sua posição maioritária no Atlético Madrid, continuar a exercer a actividade como se nada se tivesse passado.

Emilio preferiu então apelar ao envolvimento dos adeptos nos seus clubes. Apelando ao intervencionismo, pró-actividade e coragem dos adeptos em fazer face a estes problemas, fazendo ver que, afinal, existem dois principais pólos no futebol - os jogadores e os adeptos. Sem qualquer destes grupos, o futebol deixa de ter razão de existir. E nos dias que correm, parece evidente que está em falta o contributo de um dos principais stakeholders no futebol - os adeptos.

Temos portanto, não só o direito como também, o dever de intervir de forma positiva, fazer sugestões e passarmos a nossa mensagem de adeptos ao nosso clube, às nossas ligas e às entidades que gerem o futebol internacionalmente.
Foi uma intervenção positiva, um pouco em linha com os principais temas versados na noite anterior, de forma informal, entre os diversos grupos.

Ficou, mais uma vez, o exemplo do que pode acontecer a um clube com posição maioritária de um accionista privado - que não sob o controlo dos associados.


Sportinguistas, será isto que queremos para o nosso clube?





terça-feira, 8 de julho de 2008

Comunicado Football Supporters International


Transcrevemos o Press Release da FSI:

"Fans kick off a European football fans’ network
1st European Football Fans’ Congress proved a great success

Football fans from 28 countries, from Norway to Israel, Ukraine to Portugal, have launched a European Football Fans’ Network, to be known as Football Supporters International (FSI).

More than 250 fans, representing over a million supporters, registered for the inaugural European Football Fans’ Congress, which was held at the Emirates Stadium in London last weekend and supported by UEFA.

The event saw the formation of a management committee with nine different countries represented, which will develop the network, organise the next Congress and work towards establishing a constitution that can help protect and represent their interests at a Europe-wide level. Fans were also involved in workshops on topics such as fan culture, policing and repression, anti-discrimination, ticketing and club ownership. On top of that, several fringe events over the entire weekend provided opportunities for an informal get-together and networking amongst the participants.

The congress was organised by the Football Supporters International network (FSI) who were delighted to observe lively debates taking place in the different sessions, all of them leading to impressive results for the development of joint action in the near future.

At the same time, FSI will also maintain its original field of work, organising fans’ embassies at international matches and tournaments, by establishing a semi-autonomous fans’ embassy department alongside the FSI steering committee.

The steering committee will consist of the following representatives:

Kevin Miles, Football Supporters Federation, England
Martin Endemann, Bündnis Aktiver Fussballfans, Germany
Dirk Vos, Supportersfederatie Profclubs (SFP), Belgium
Ashley Green, Progetto Ultrà, Italy
Shay Golub, Israfans, Israel
Moira Boyd, Asociación Señales de Humo, Spain
Michal Riechansky, ĽUdia Proti Rasizmu (People Against Racism),Slovakia
Vjegar Hjermund, Norske Supporters Allianse, Norway www.rasizmus.sk/en.stm
Daniela Wurbs, FSI-Coordination, Germany

Daniela Wurbs, the FSI Coordinator, said:
“This event can be considered as an overwhelming initial kick-off. Both the number of participants and the diversity of countries and groups represented exceeded our expectations. All participants at the event were highly motivated to work together for their common objectives and interests, which was clearly underlined by the comprehensive results elaborated in the workshops to define the essentials of our future agenda.

“The FSI would like to thank everyone who contributed to this highly successful event, from Arsenal FC and the staff at the Emirates, to the technicians and translators, to UEFA for their support and to the FSF as the hosts. Most importantly we thank the fans themselves, including guest speakers and chairs. The level of effort and commitment with fans travelling hundreds, if not thousands, of miles to come and get this going were astonishing.

“This is only the beginning. We got the impression that all participants of the congress are aware of this and won’t let up regarding committing themselves and getting involved in the next steps towards the establishment of a strong voice for football fans at European level.”
End of release
Notes to editors:
Football Supporters International (FSI) is an independent body comprised of various fan-related organisations from across Europe, and has provided and developed support services for fans travelling abroad for more than 15 years.
Administrative support for the European Football Fans’ Congress has been provided by the Football Supporters’ Federation (FSF), based in England, founding member of the FSI network and currently responsible for the overall coordination of FSI.
The Football Supporters Federation (FSF) is the national supporters’ organisation for all football fans in England and Wales comprising more than 142,000 individual fans and members of local supporters’ organisations from every club in the professional structure and many from the pyramid. For more info
http://www.fsf.org.uk/about-the-fsf.php
Further information on FSI and the congress: www.footballsupportersinternational.com.
Contact:
Daniela Wurbs, FSI Coordination:
dani.wurbs@fsf.org.uk or +44 75 078 54 686.
c/o Football Supporters Federation, 1 Ashmore Terrace, Stockton Road, Sunderland, SR2 7DE, England
Contacts to the steering committee members can be obtained via the FSI Coordinating Office.

Espectadores ou Adeptos?















O Congresso Europeu de Adeptos decorreu de forma bastante interactiva, com as diversas representações a participarem nos 5 workshops em curso para o dia. A AAS participou naquele que considera ser o mais importante da actualidade desportiva e igualmente o mais abrangente - "Clubs Ownership". De forma a providenciar completo resumo sobre os restantes tópicos (ticketing, repressão e violência policial - que contou com representantes da polícia igualmente, "fan culture" e racismo e discriminação no futebol) iremos aguardar pelo relatório final a ser elaborado pela organização. Não queremos transmitir informação incompleta com base apenas nas nossas notas.

Na véspera do evento foi, igualmente, organizado um evento informal, de lazer, onde todos puderam conversar de forma descontraída, sendo que podemos afirmar com relativa segurança que a descrição da AAS sobre alguns temas do futebol nacional foram alvo de "sorrisos", indignação e estupefacção mas sempre seguidos com manifesto interesse por grande parte dos participantes.

O workshop "Clubs Ownership" foi então apresentado e mediado pela organização Supporters Direct (organização a operar no Reino Unido a providenciar aconselhamento em governance no futebol para associações de adeptos). A seu lado, a representação do Austria Salzburg e do Atlético de Madrid.
A parte da manhã foi dedicada a duas apresentações, uma de cada delegação dos dois clubes descritos.

Particularmente interessante é a realidade do Austria Salzburg. Demos connosco a pensar se estaremos na fase final de similar processo, algo que nos deixou (e deixa!) tremendamente apreensivos.
O Austria Salzburg deriva do actual Red Bull Salzburg. Com efeito, esta companhia ("Red Bull") comprou 51% do clube e, no primeiro dia no comando, logo tratou de deixar as coisas muito claras, afirmando: "este clube não tem história, não tem passado. Vai começar agora. É um clube novo. E somos nós que decidiremos o seu futuro".

Chocante! Mas mais chocante foi o total desprezo a que os adeptos foram votados. O sentimento de impotência foi tal que decidiram começar de novo. Criaram um novo clube - Austria Salzburg com cerca de 2000 adeptos. Já subiram duas divisões e estão bem colocados para o voltar a fazer em breve, sendo que o topo das divisões não profissionais está a duas épocas de distância.

Têm igualmente maior média de assistências que grande parte dos clubes da Primeira Divisão, para além de terem criado equipas de formação. Como curiosidade, a equipa de sub-21 venceu recentemente, para o campeonato, a equipa do Red Bull Salzburg, algo que arrancou enormes sorrisos da plateia. A rivalidade entre ambos os clubes é enorme, naturalmente.
Utilizaram, a nosso ver, duas frases muito interessantes.
Quando, ao mencionarem a razão de criar um novo clube, disseram querer "demonstrar que podemos fazer mais e melhor do que vocês", referindo-se ao Red Bull Salzburg.
Uma vez tendo arrancado para o novo clube com 2000 pessoas (movimento ultra do antigo clube envolvido igualmente) deixaram o Red Bull com o "estilo NBA" que facilmente identificamos, mencionando que "o que o Red Bull Salzburg tem hoje são espectadores, não adeptos. E nós não nos contentávamos em ser apenas espectadores. Somos e queremos ser sempre adeptos".


Interessante...! E nós, sportinguistas, o que queremos ser?

(continua amanhã)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

"Wake up Call"

Começamos a semana apresentando a visão pessoal do Comité Executivo da AAS, relativo ao Congresso do passado fim de semana bem como à reunião com a UEFA, efectuando o devido enquadramento das restantes peças que serão publicadas nos restantes dias da semana. A extensão dos temas levar-nos-á a procurar ser mais concisos.

Tem sido um hábito, de há largos anos a esta parte, ver representações portuguesas brilharem em eventos europeus. Não foi, portanto, novidade o destaque que a AAS, o Sporting Clube de Portugal e o país tiveram.

A AAS participou activamente, e sobretudo, no workshop subordinado ao tema "Clubs Ownership" com outros 50 elementos de associações similares. Fruto da estratégia planeada para a AAS pelos seus orgãos sociais, do prestigio que a reunião com a UEFA proporcionou, além das condicionantes próprias do futebol no nosso país, foi solicitado pelos organizadores do evento que a AAS se apresentasse oficialmente de forma a partilhar visões.

Na sequência desta improvisada apresentação, cujos espectadores fizeram questão de congratular pessoalmente, foi introduzida aquela que todos consideraram ser, de facto, a frase chave de todo o Congresso: "Wake up call".

Todos, sem excepção, contactaram a AAS após tal apresentação indicando que esta teria sido a frase que melhor traduzia o seu estado de espirito de há muitos anos a esta parte. E foi tema recorrente, desde então até ao final do evento.

Não nos limitámos, portanto, a partilhar. Inspirámos...
Que outros nos sigam e possam caminhar ao nosso lado, também em Portugal!
Neste verdadeiro despertar europeu!

Comité Executivo
Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS

domingo, 6 de julho de 2008

AAS na First European Football Fans’ Congress e Reunião com a UEFA











Conforme já anunciado, a Associação de Adeptos Sportinguistas (AAS) está presente no primeiro congresso de adeptos europeus de futebol a representar o Sporting Clube de Portugal e, com muito orgulho, Portugal, pois é a única associação de adeptos portuguesa presente.

Durante esta semana, diariamente, daremos novidades sobre o evento.

Fique atento...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Reunião Inédita com a UEFA - Agenda








Vai ter lugar no próximo dia 6 de Julho em Londres, no estádio Emirates - propriedade do Arsenal FC, um inédito acontecimento internacional sob a égide da Federação Inglesa de Supporters e a UEFA, que inclusivamente, apoiou financeiramente o evento. O evento chamar-se-á «1st European Football Fans’ Congress (EFCC)».

O Congresso será dedicado a discutir diversas problemáticas do futebol actual tais como bilhética, adeptos, racismo e discriminação no futebol, intervenção policial nos estádios e os proprietários dos clubes.

Organizado em workshops, estes temas serão, pela primeira vez no mundo, debatidos pelos principais visados por tais temáticas - os adeptos. E a provar o interesse e a união dos adeptos em torno destes temas, está a massiva participação das mais diversas associações europeias. Mais de 250 participantes, representando 39 associações de adeptos de 25 países, darão o pontapé de saída para uma nova era no futebol internacional.

A Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS, como não podia deixar de ser, estará presente, a convite da Federação Inglesa de Supporters, fruto das boas relações existentes quer com esta, quer com outras associações de adeptos em Inglaterra e noutros importantes países europeus, tais como Espanha e Itália.

Seremos o único participante português, representando o Sporting Clube de Portugal e, com muito orgulho, o país.

A par da activa participação no Congresso, a AAS irá igualmente promover uma pequena apresentação sobre o processo de desenvolvimento da Associação, bem como os passos para o futuro. Diversos encontros estão igualmente aprazados com Associações similares ou Federações de Adeptos para alinhar estratégias comuns e sinergias para iniciativas futuras.

À margem do evento, irá igualmente decorrer um encontro informal entre a AAS e a UEFA que estava previsto já desde o passado mês de Fevereiro.

Neste evento, a AAS conta expôr, de forma personalizada, à UEFA a sua visão do futebol internacional, do importante papel que entendemos estar reservado para a UEFA na evolução deste, bem como abordar diversos temas da actualidade desportiva nacional.

A agenda do encontro está assim definida :

UEFA within reach

  • New Technologies
  • Restriction to cross border players
  • Club’s Finances and Football Promotion
  • Competitive Model
  • Player Transfer’s Regulation
  • Supporters

UEFA from the stand

  • Regulations empowerment

Where Portugal stands:

  • National Leagues
  • Corruption
  • Football dependency over a few group of investors, namely one
  • Ticketing

Irá igualmente ser entregue uma missiva dirigida a Michel Platini, um homem do futebol cuja carreira muito prezamos.

Numa altura em que diversos clubes se "procuram distanciar" dos seus adeptos, não deixa de ser de realçar e enaltecer a abertura e a proximidade da UEFA, organismo máximo do futebol europeu, para com o verdadeiro motor do futebol - os adeptos.

Mas não ficaremos por aqui! Este é apenas o início de um longo caminho...

Porque não desistiremos dos nossos ideais!

Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS