a AAS informa que:
1) Lamenta, antes de mais, que uma Assembleia Geral onde se discutiu uma matéria tão
fulcral para o futuro do clube não tenha tido uma maior participação por parte dos
associados do Sporting Clube de Portugal, não obstante reconhecer que a data
escolhida para a sua realização não proporcionasse uma maior aderência dos
Sportinguistas, nomeadamente os que residem ou trabalham fora da área
metropolitana de Lisboa.
2) Lamenta também a forma como os trabalhos foram conduzidos pelo Exm.º Presidente
da Mesa da Assembleia Geral, não obstante reconhecer a dificuldade da tarefa que
tinha em mãos, permitindo a uns associados mais tempo para se dirigirem à
Assembleia do que aquele que, inicialmente, havia sido fixado para o efeito e,
sobretudo, por ter permitido que se passasse à votação do ponto único da ordem de
trabalhos quando ainda haviam associados inscritos para falar, não permitindo, assim,
igualdade de tratamento entre todos os associados do clube.
3) Lamenta ainda que as três moções apresentadas na Mesa da Assembleia Geral por
associados do clube, uma solicitando a passagem imediata à votação do ponto único
da ordem de trabalhos e duas propondo o seu adiamento, embora em moldes
diferentes, não tenham sido votadas pela Assembleia Geral, ainda que a primeira
tenha sido objecto de uma tentativa, com evidentes dificuldades de execução,
dificuldades essas a que os associados do Sporting Clube de Portugal são,
evidentemente, alheios.
4) Lamenta, por fim, a forma como se procedeu à votação, através de depósito do cartão
com o respectivo número de votos em urna, sem que se tenha preenchido as
hipóteses que constavam do referido cartão, bem como o facto de, antes da votação,
não se ter procedido ao exame das urnas, tal como o Exm.º Presidente da Mesa da
Assembleia Geral referiu, no início dos trabalhos, que se iria fazer antes de se iniciar a
votação.
5) Entende que se encontrava para deliberação, tal como se pode extrair claramente da
Ordem de Trabalhos da convocatória de 15/05/2008, um ponto único composto por
três alíneas que consubstanciavam, na sua globalidade, o projecto de reestruturação
financeira apresentado pelo Conselho Directivo destinado à redução do passivo do
Clube, formando as referidas alíneas um todo, tal como, aliás, o Exm.º Presidente da
Mesa da Assembleia Geral comunicou na abertura dos trabalhos.
Portugal a vender à Sporting, SAD a totalidade da participação social que detém no
capital da Sporting – Comércio e Serviços, S.A. (que consubstanciava a alínea a) do
Ponto Único da Ordem de Trabalhos), maioria de dois terços dos votos para a sua
aprovação, de acordo com o que dispõem os Estatutos do Clube, o que não foi obtido,
não se poderá considerar, não obstante as restantes alíneas b) e c) não necessitarem
de tal maioria qualificada, que estas foram igualmente aprovadas, dada a
incindibilidade das mesmas e atendendo igualmente ao teor do comunicado ao
mercado do Conselho de Administração da Sporting, SAD de 13 de Maio de 2008, no
que respeita ao destino da emissão de VMOC’s.
7) Considera que o Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal não pode agora,
após ter decidido submeter voluntariamente ao escrutínio dos sócios, em sede de
Assembleia Geral, um projecto uno, cujas três componentes, de acordo com o próprio
Conselho Directivo, estavam articuladas, vir agora, após esse escrutínio, considerar
que lhe cabe «ajustar os termos e condições da proposta de reestruturação»,
“amputando” esse projecto de uma das suas componentes, considerada pelo próprio
Conselho Directivo como «um dos objectivos fundamentais da reestruturação» e,
muito menos, que tal “ajustamento” seja efectuado «nos termos da proposta
apresentada» aos associados na AG de 28/05/2008, conforme comunicado da
Sporting, SAD de 29/05/2008.
Portugal declarar que existe condições para cumprir até ao fim o mandato para o qual
foi, democraticamente, eleito por uma maioria superior a dois terços dos votos dos
associados do Sporting Clube de Portugal.
9) Deseja sublinhar que o resultado da Assembleia Geral de 28/05/2008 não poderá ser
encarado como uma “vitória”, “derrota” ou, sequer, “meia-vitória” ou “meia-derrota”
de nada ou de ninguém, desejando-se, isso sim, que seja uma vitória do Sporting Clube
de Portugal, associação particular de interesse público e agremiação desportiva
centenária, devendo, para isso, prevalecer a ponderação, a moderação e o bom senso
de todos os Sportinguistas em prol do Sporting Clube de Portugal.
Comité Executivo
Associação de Adeptos Sportinguistas