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A UEFA, representada por Alex Phillips – Head of Professional Football Services, está de facto profundamente preocupada com esta problemática – a crescente insatisfação dos adeptos, algo que este Congresso demonstrou ser generalizado dada a sua afluência massiva.
A AAS apresentou a sua visão sobre o futebol internacional em diversos temas:
- UEFA como entidade reguladora do futebol europeu deve ter poder ao nivel nacional, via Federações, funcionando como uma espécie de UE para o futebol
- Estabelecer tectos máximos para preço de bilhetes e valor de transferências e salários para os clubes tendo em conta um ranking nacional que inclua a ponderação de factores como Salário Minimo Nacional, Orçamento anual do clube, Orçamento Médio dos clubes da I Divisão.
- Redefinição da distribuição de receitas das competições europeias e direitos televisivos de forma a reduzir a distância entre os 8,9 mais ricos e os restantes.
- Apoiar as ligas mais fracas financeiramente.
- Obrigar os clubes a comunicar, via Federação nacional, todas as transferências de jogadores, anexando contractos e declarando quem recebeu comissões. A UEFA receberia estes dados, em relatórios sumários das Federações, como forma de evitar a fraude fiscal e lavagem de dinheiro.
- Introdução de novas tecnologias no futebol – chip a bola, e transmissão dos jogos nos ecrãs dos estádios.
- Determinar minímos de jogadores nacionais e da formação dos clubes nos planteis nacionais – em termos relativos.
- Aumentar o controlo relativo aos jogadores naturalizados a jogar pelas selecções nacionais, evitando a descaracterização destas. Como exemplo, o ultimo Europeu e os jogadores naturalizados nas selecções que aí actuaram.
- Alterar modelo competitivo – Liga dos Campeões deveria ser jogada apenas por campeões e não por clubes que, nalguns casos, não são campeões há vários anos.
- Obrigar a que mais jogos sejam transmitidos em canal aberto
- Proibir a intervenção policial nas bancadas, excepto nos casos em que exista evidente situação de violência.
- Criação de “standing places” com percentagem mínima.
- Determinar um número máximo de dias no qual cada jornada pode ser disputada.
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A cada um destes problemas, se denotou evidente preocupação no responsável da UEFA, frisando que nalguns casos, a falta de poder efectivo da UEFA não ajuda à sua resolução. No entanto, concordou que pode fazer pressão e lobby junto das diversas instituições (International Board, FIFA, UE) para desencadear estes processos.
A UEFA irá, então, estudar a documentação recebida, esperando a AAS que tal dê os seus frutos no tempo indicado.
Foi igualmente discutida a situação portuguesa, sobretudo ao nível da corrupção – por ser um tema recorrente hoje em dia, do controlo das TV’s no futebol nacional e o total desrespeito pelos adeptos e apresentada a posição dominante da Olivedesportos no futebol nacional (detentora da publicidade estática, dos direitos televisivos, accionista nos três grandes clubes nacionais, detentora do único canal de TV pay-per-view em Portugal) – como a AAS frisou : “O futebol português é, hoje, “one man show”! “.
Curiosamente, a UEFA demonstrou-se bastante conhecedora desta ultima realidade...
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Comité Executivo AAS.
1 comentário:
Os meus sinceros parabéns à AAS!
Abraço Leonino!
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